Como a pandemia de COVID-19 afeta os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Como a pandemia de COVID-19 afeta os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

É tempo de mudança! A pandemia de COVID-19 trouxe consequências para todas as áreas da sociedade. Além de afetar nossa vida, nossos negócios, tratá efeitos negativos aos objetivos de desenvolvimento sustentável.

Veja no infográfico abaixo, as consequências da pandemia em cada um dos objetivos e suas relações. Para baixar o Infográfico clique aqui.

 

Esse infográfico foi adaptado de material desenvilvido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.

Riscos globais e a nossa capacidade de resiliência. O que podemos aprender com o coronavirus?

Riscos globais e a nossa capacidade de resiliência. O que podemos aprender com o coronavirus?

O último relatório do Fórum Econômico Mundial  apresentou um panorama dos riscos globais para o ano de 2020. Os riscos socioambientais  – relacionados, em geral, à crise climática e suas consequências – estão entre os mais perigosos (maior probabilidade de ocorrência e maior impacto). Entretanto, a ocorrência de doenças infecciosas aparece como um risco de grande impacto.

Infelizmente, logo no início do ano, vivenciamos a ocorrência de uma pandemia – o coronavirus – que, apesar de muitos alertas de grupos científicos, nos pegou de surpresa. O mundo virou de cabeça para baixo e estamos tentando nos adaptar a essa nova realidade.

Ao analisar a situação, fica a dúvida sobre a nossa capacidade de resiliência frente a outros futuros riscos globais. Nesse sentido, é importante discutirmos quais os fatores são essenciais para construirmos resiliência a novos distúrbios de grande magnitude e abrangência. É sobre isso que esse artigo vai tratar.

Os riscos globais que podem nos atingir

Vivemos em um ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo. Forças econômicas, demográficas e tecnológicas poderosas estão moldando um novo equilíbrio de poder. Além de um cenário geopolítico instável, questões sociais, ambientais e tecnológicas são componentes dos grandes riscos globais

Infelizmente, esse panorama não é passageiro. É o novo normal. Nesse cenário, nações, cidades, comunidades ou até mesmo empresas, podem enfrentar grandes turbulências no decorrer dos próximos anos. Por isso, precisam estar preparadas para responder às dificuldades e se adaptar a novas realidades.

As mudanças climáticas estão no topo da lista de riscos globais e na origem de vários outros riscos socioambientais, tais como a ocorrência de eventos climáticos extremos, de desastres naturais, perda de biodiversidade, crise hídrica, crise alimentar e novas pandemias. 

Já, a turbulência geopolítica relacionada às tensões comerciais e às rivalidades tecnológicas entre países podem gerar conflitos internacionais e falha da governança global, além de gerar ciber ataques e quebra na infraestrutura de informações.

A solução para qualquer uma das situações não é fácil. Qualquer um desses riscos globais exige respostas rápidas e coordenadas por parte de decisores e uma flexibilidade adaptativa de todos os agentes envolvidos. 

Adaptação transformativa e resiliência a riscos socioambientais

Como vimos em um de nossos artigos,  podemos chamar de resilientes aquelas comunidades ou empresas preparadas para absorver e se recuperar de qualquer tipo de choque ou estresse, mantendo suas funções e estruturas essenciais e sua identidade, e que se mostrem capazes de se adaptar e enfrentar possíveis mudanças. 

Em geral, os riscos globais geram situações socioambientais disruptivas. Por isso, o enfrentamento precisa ser abordado a partir de uma transformação focada na redução de riscos e vulnerabilidades. 

Para aumentar a capacidade adaptativa das pessoas e grupos, torna-se importante alterar a dinâmica e a estrutura dos sistemas, suas relações econômicas e sociais, bem como crenças e comportamentos de indivíduos e grupos. A capacidade de um sistema de se adaptar e tornar-se resiliente está relacionada à sua capacidade de mudar, aprender e inovar. 

O coronavirus nos mostrou isso com muita clareza. Tivemos que mudar nossos hábitos e comportamentos, aprender mais sobre o vírus, as formas de contágio e a doença em si, e encontrar soluções criativas e inovadoras para suprir as nossas necessidades do dia a dia e de nossa sobrevivência.

Esse quadro é muito elucidativo e nos faz refletir se estamos preparados para enfrentar novos riscos globais. A experiência do coronavirus é traumática mas também educadora. Agora estamos cientes de que é preciso fazer muito mais para aumentarmos nossa resiliência socioecológica.

Como vimos recentemente, alguns fatores são capazes de desencadear as interações necessárias para garantir um processo transformador de adaptação. Nesse contexto, o envolvimento dos agentes interessados é um mecanismo essencial para a mudança, o aprendizado é a base fundamental da mudança e a ação coletiva é a maneira de promover a mudança. 

As dimensões sociais no processo de construção de resiliência a riscos globais

Três dimensões sociais e suas interações geram as dinâmicas necessãrias para a construção de resiliência à um risco global. O conhecimento é considerado o motor da mudança, enquanto que a cultura da comunidade ou da empresa e os mecanismos de governança são os agentes da mudança. Cada um desses fatores tem uma função específica e a interação dos três é o que determina a capacidade ou não do sistema de criar resiliência aos desafios socioambientais.

O conhecimento capacita as pessoas e permite ações mais efetivas nos processos participativos de tomada de decisão. Com a ocorrência do coronavírus, a ciência se destacou. As pessoas buscaram se informar e saber mais sobre o assunto para então se posicionarem sobre as decisões tomadas.

Entretanto, é importante que as discussões  estejam centrados no valor de diferentes formas de conhecimento – científica e tradicional – e no papel em particular da ciência. 

O conhecimento local ou tradicional, que baseia-se principalmente na observação, experimentação (processos de tentativa e erro) e na transmissão de conhecimento assimilado de geração para geração, pode ajudar no processo de adaptação em três maneiras: i) exposição biofísica e social; ii) sensibilidade à mudança e variabilidade; e iii) capacidade adaptativa e processos de adaptação. Normalmente é a memória de ocorrências similares que auxilia nesse processo.

Já a cultura desempenha um papel importante na mediação das respostas humanas aos riscos globais. As respostas dependem de como os grupos sociais se relacionam com o ambiente físico ou natural, bem como com os sistemas humanos. Foram muitas as ações coletivas de solidariedade que vimos no enfrentamento do coronavirus, próprias de nossa culura.

Além disso, as soluções são concebidas e implementadas através da cultura. Fatores culturais moldam como as pessoas apoiam as intervenções de adaptação e sua motivação para responder a elas. A experiência cultural reforça ou refina os hábitos, habilidades e estilos com os quais as pessoas constroem “estratégias de ação”. 

Por fim, os mecanismos de governança são as estruturas e processos pelos quais as sociedades compartilham poder, moldam as ações individuais e coletivas. Através desses mecanismos é possível desenvolver as principais capacidades de gerenciar a resiliência: auto-organização, aprendizado e adaptação.

A resiliência é uma característica que pode ser construída. Mesmo de forma intuitiva, à medida que enfrentamos determinados riscos, nos adaptamos à novas realidades e nos tornamos mais resilientes. 

A mudança climática é o mais eminente risco global. Construir resiliência a essa ameaça é essencial. Temos todas as condições para isso. E um eficiente treinamento prévio com o coronavírus.

 

Transição para a sustentabilidade nos negócios

Transição para a sustentabilidade nos negócios

Em uma realidade cheia de desafios socioambientais, as empresas sofrem uma pressão crescente para assumirem uma transição para a sustentabilidade nos negócios. Porém, abraçar a sustentabilidade como marca de um negócio não é algo simples, exige tempo, planejamento e um entendimento profundo do tema.

Nesse artigo vamos abordar a sustentabilidade com um olhar voltado para os negócios. Vamos discutir a necessidade das empresas se envolverem em uma transição para a sustentabilidade, quais os fatores que levam as empresas a mudarem de rumo e que aspectos são essenciais nesse processo.

Sustentabilidade: o tema do século XXI

Quando se fala em sustentabilidade, normalmente vem à cabeça os conceitos de equilibrio e harmonia relacionados ao meio ambiente. Ou seja, respeitar os limites do planeta ou do meio no qual se está inserido. 

Porém, sustentabilidade pressupõe uma discussão sobre o tipo de sociedade que temos e que queremos para o futuro. Envolve ética, integridade, responsabilidade, respeito ao outro e cuidado com o meio ambiente. Vai além da discussão sobre os recursos naturais. Envolve um compromisso com as futuras gerações.

E, quanto mais essa discussão evolui em uma sociedade, mais as empresas precisam se mobilizar e adequar suas atividades 

As tendências globais que estimulam mudanças 

São muitos os fatores externos que têm impactos internos nas empresas e que pressionam por uma transição para a sustentabilidade nos negócios. Aqui vamos falar de 3 importantes tendências globais que geram grande pressão: as mudanças climáticas, o aumento demográfico e a mudança no poder econômico.

  • As mudanças climáticas podem gerar impactos imprevisíveis e dramáticos nos ecossistemas, pressão sobre os sistemas urbanos e escassez de recursos naturais;
  • O aumento demográfico, seja pelo crescimento populacional ou pelo aumento da expectativa de vida das pessoas, pode gerar maior fluxo de pessoas, maior demanda de produtos, mais consumo de recursos e mais lixo;
  • A mudança de poder econômico, com o crescimento de uma classe média com melhor poder de consumo em países como a China, a Índia e países do hemisfério sul, podem transformar os polos de concentração de riqueza, possibilitar inovações para o crescimento sustentável, aumentar o consumo e gerar novas oportunidades de negócios.

Essas tendências e tantas outras, tais como a urbanização, o declinio dos ecossistemas, a escassez de recursos, entre outras, não podem ser vistas isoladamente. Cada uma delas faz parte de um todo maior com grandes interrelações. O desequilíbrio do sistema gera mais pressão à sociedade e às empresas por mudanças transformacionais significativas.

Os drivers de internalização das mudanças nas empresas

Normalmente, quando os fatores externos estão em desequilíbrio, a empresa pode ser afetada em suas receitas, em seus custos ou até mesmo, em novos riscos. 

Os fatores externos são internalizados na empresa a partir de 3 drivers: regulamentos e normas, ação das partes interessadas, e dinâmicas de mercado.

A partir do momento em que a sociedade se dá conta de que a forma como vivemos é insustentável e de que há uma necessidade eminente de mudança, ela mesmo exerce pressão para que as empresas mudem. 

Hoje, vemos uma quantidade crescente de consumidores que querem saber a origem dos produtos, se sua produção é justa e responsável. E isso tem mudado a dinâmica dos mercados, com os produtos e serviços sustentáveis crescendo a olhos vistos.

Mas não são só os consumidores que cobram por sustentabilidade nos negócios. Nessa mesma onda, os colaboradores querem trabalhar em empresas com valores  mais claros. Além disso, os próprios investidores cobram por resultados mais consistentes e duradouros que práticas insustentáveis não podem oferecer.

E por fim, essa mudança na cultura de consumo e no comportamento dos agentes envolvidos desencadeia uma ação mais efetiva por parte dos governos, que propõem regulações mais rigorosas.

Esse conjunto de fatores acelera a incorporação de conceitos de sustentabilidade nos negócios. Esse  é um processo que já está em andamento também no Brasil. Mais cedo ou mais tarde, essa vai ser a única realidade aceita no ambiente dos negócios. 

A empresa sustentável

A sustentabilidade nos negócios tem a ver com o equilíbrio entre as responsabilidades econômicas, sociais e ambientais. Empresas sustentáveis assumem um novo modelo de pensar e fazer negócios voltado para o respeito ao outro e o cuidado ao meio ambiente. Elas operam em favor de todos os interessados, ​​atuais e futuros, garantindo a saúde e a sobrevivência a longo prazo do negócio e benefícios econômicos, sociais e ambientais à sociedade.

A sustentabilidade é incorporada à estratégia da empresa influenciando missão, visão, estratégias, objetivos e metas. O novo modelo de negócio visa causar impacto positivo e partilhar o valor gerado com todos os envolvidos. A empresa passa a valorizar o lucro que vem em benefício das pessoas e do ambiente.

Na prática do dia a dia, a sustentabilidade se estabelece de diversas formas: na relação ética com clientes e fornecedores; na promoção da inclusão e da qualidade de vida das pessoas e das comunidades; na preservação ambiental e cultural das regiões, gerando resultados positivos para toda sociedade, hoje e no futuro.

A sustentabilidade e as novas oportunidades

A integração da sustentabilidade nos negócios abre uma janela de novas oportunidades. Falamos sobre isso em um artigo anterior.

A empresa passa a olhar mais para dentro de si de forma a encontrar a autenticidade e verdade na relação entre o que diz e o que faz. Com isso, sua reputação melhora, conquista novos clientes e amplia mercados. 

Operacionalmente, há uma melhoria de processos, economia de recursos naturais, diminuição de custos e aumento da eficiência da empresa.

Além de tudo, a empresa pode criar novos produtos que incorporem o valor da sustentabilidade como resposta aos desafios socioambientais emergentes.

A estrutura para incorporar os conceitos de sustentabilidade nos negócios

A Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável proposta pela ONU é considerada uma estrutura única para incorporar os conceitos de sustentabilidade nos negócios. Esse projeto é resultado de  um esforço histórico com consenso global. Ele uniu um trabalho extensivo e sem precedentes de multiplos agentes em torno de melhores condições de vida para a humanidade. 

A Agenda 2030 é considerada uma ferramenta universal e ambiciosa pois olha para a realidade de países em desenvolvimento. É um recurso detalhado em 17 objetivos principais, 169 metas específicas e mais de 200 indicadores. Tem um caráter transformativo pois propõe a transformação radical de nossos principais sistemas econômicos.

Se você quiser conhecer melhor essa estrutura, é só baixar nosso ebook aqui. 

Boa leitura!

Empresas com propósito: o sucesso está no engajamento das pessoas

Empresas com propósito: o sucesso está no engajamento das pessoas

O mundo está cheio de desafios e as pessoas esperam que as empresas façam parte da solução. Por isso, empresas com propósito têm se destacado nos últimos anos. Pesquisas indicam uma ligação direta entre as empresas orientadas por um propósito e o sucesso financeiro de longo prazo. Veja uma das pesquisas aqui .

Entretanto, fica a dúvida: Por que isso ocorre? Qual a importância do propósito no sucesso da empresa? Essas são perguntas que empreendedores e líderes estão discutindo todos os dias.

Nesse artigo vamos abordar essa temática. Vamos identificar os fatores que levam uma empresa a definir um propósto e discutir por que as empresas orientadas por um propósito têm melhores resultados de longo prazo.

Propósito: a contribuição da empresa para o mundo

Os desafios socioambientais atuais são cada vez mais amplos e complexos. O ritmo das mudanças tem sido maior do que a capacidade dos governos de lidarem com a situação. Com isso, a sociedade tem olhado para as empresas como a liderança necessária para abraçar as responsabilidades de atuar proativamente em prol da sociedade. Assim, muitas empresas têm respondido a esse chamado e orientado suas ações por um propósito maior do que seus objetivos comerciais.  

Em um nível pessoal, propósito é o que dá sentido a nossas vidas e nos move adiante. Propósito é aquilo que nos faz acordar mais motivados para ir trabalhar, não apenas porque estamos sendo bem pagos, mas porque sentimos que fazemos diferença no mundo. 

Na empresa, o propósito é o “por quê?” de uma organização, a razão de sua existência – além de obter lucro. O propósito é a declaração de como a empresa pretende contribuir para o mundo. Ele  olha para as necessidades da sociedade e surge com uma proposta de valor. É a base na qual muitos negócios transformacionais são construídos. Portanto, o propósito orienta as escolhas de responsabilidade social corporativa da empresa.

Hoje, os lideres estão percebendo que ter um propósito claro e agir de acordo com ele pode ter um efeito significativo em muitos de seus indicadores importantes. O que é uma coisa boa, porque todos os agentes envolvidos querem saber que estão gastando seu tempo e seu dinheiro apoiando empresas que atuam pela sustentabilidade. 

O que é e o que não é propósito 

Ser focado no propósito não é tarefa fácil. Em geral, ele está integrado no coração das organizações, embora esteja mais explícito em organizações sem fins lucrativos que defendem uma causa. 

Entretanto, propósito não é uma causa. Causas são passageiras, muitas vezes fruto de oportunidades inoculadas na empresa de fora para dentro. Propósito, ao contrário, é fruto da própria história da organização. 

Propósito não é posicionamento. Posicionamento reflete um ponto de diferenciação, propósito expressa um ponto de vista. Posicionamento é competitivo, propósito é distintivo.

Propósito é muito diferente de missão e valores. O propósito é mais profundo do que a estratégia, é a razão pela qual a empresa existe, além de ganhar dinheiro. É o que a empresa defende, o que a diferencia dos concorrentes e que se revela em todas as ações, de forma consistente, para funcionários, clientes e todos os demais envolvidos.

  • Propósito é a sua razão de ser, algo que não muda com o tempo (mas pode inspirar mudanças);
  • Missão é o que sua empresa faz;
  • Estratégia é o planejamento para atingir metas; e
  • Valores guiam a forma como a estratégia e a missão são executadas

O propósito vai além da missão da empresa. Veja a seguir as diferenças específicas entre missão e propósito:

MISSÃO

PROPÓSITO
O que nós fazemos Por que nós fazemos
operando um negócio partilhando um sonho
Inspiracional Aspiracional
cria adesão transmite propriedade
fornece foco alimenta a paixão
construindo uma empresa construindo uma comunidade
colocando tijolos construindo catedrais
estacionando carros criando felicidade

 

Em suma, propósito é o significado maior que organiza todos os outros relacionados a uma marca corporativa. O propósito nasce da alma da organização: a matéria-prima simbólica responsável pela sua fundação, o sonho original que inspira a sua existência. E está enraizado nos sonhos de seus fundadores, aquilo que torna a empresa autêntica e indispensável para o mundo.

Os fatores que mostram a necessidade de ações orientadas por um propósito

O pacto social entre as empresas e a sociedade está mudando e são 4 os fatores que levam a essa mudança:

  • A natureza global dos desafios que a sociedade enfrenta e a natureza global dos negócios em si: o desafio mais urgente é a mudança climática, mas outros desafios sociais, econômicos, políticos e ambientais estão muito bem resumidos nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU . Essas questões criam riscos sistêmicos que tornam vulneráveis os sistemas empresariais e financeiros nos quais confiamos.
  • Os desafios e oportunidades presentes nas novas tecnologias: a tecnologia tem se desenvolvido muito mais rápido do que as regulamentações, leis e normas conseguem acompanhar. Isso traz riscos aos negócios, mas também oportunidades de surgir novos modelos de negócios e transformações nos modos de trabalho.
  • A crescente natureza intangível das empresas: Os ativos das principais empresas passaram de 83% tangíveis (edifícios, instalações, máquinas) para 87% intangíveis (marcas, patentes, propriedade intelectual). Isso torna a aplicação das ferramentas econômicas tradicionais da política e regulamentação da concorrência cada vez mais irrelevantes.
  • A percepção dos negócios na sociedade como um todo: A confiança nas instituições é essencial para o progresso social e econômico.Criar uma maior responsabilidade nas empresas por seu impacto nas pessoas e no planeta é essencial. É preciso tomar medidas para lidar com as crescentes preocupações em torno dos impactos externos dos negócios em relação à desigualdade social, meio ambiente, concorrência, proteção do consumidor e privacidade nos mercados digitais.

As vantagens de uma empresa com propósito

São muitas as vantagens de se ter um propósito claro para a empresa. Aqui estão cinco principais benefícios orientados a propósitos que todo líder deve ter em mente ao pensar no futuro.

  • Empresas com propósito geram lucros mais saudáveis: Há muitas evidências de que as empresas com clareza de propósito superam o mercado em uma proporção de 9: 1 durante um período de dez anos. Em outras palavras, empresas significativas impulsionadas por um objetivo maior aumentam os lucros. Empresas com propósito superam o mercado de ações em 133%, ganham 46% mais participação na carteira e alcançam resultados que são o dobro das demais marcas. 
  • Empresas com propósito ganham uma vantagem competitiva: A transformação liderada por propósitos já está na vida das pessoas – e nesse ambiente, a vantagem competitiva é a execução e a velocidade. O propósito da empresa fornece o alinhamento e a clareza em toda a organização para permanecer ágil, reagir rapidamente e se mover como um todo orgânico, reduzindo a burocracia corporativa, mantendo todos focados nos mesmos objetivos.
  • Empresas com propósito aumentam a lealdade dos funcionários e dos clientes: As pessoas são a parte mais importante de qualquer negócio. O propósito motiva os funcionários e faz com que se sintam parte da marca. Isso é motivador e promove o engajamento dos funcionários. Da mesma forma, o propósito autêntico, relevante e diferenciado envolve, excita e satisfaz o público, interno e externo. Ele torna-se um poderoso motivador de comportamentos pois ao olhar para a sociedade, se conecta às pessoas em um nível profundamente humano.  Quando o propósito está no centro dos negócios, os clientes podem se envolver com essa ideia central e criar impacto social em qualquer ponto de contato. Essa conexão converte usuários únicos em clientes fiéis.
  • Empresas com propósito atraem o melhor talento: Sendo todos os parâmetros iguais (remuneração, benefícios adicionais, etc.), o poder do propósito da empresa pode fazer toda a diferença na atração e na permanência de talentos de topo. 
  • Empresas com propósito criam uma cultura de excelência: A clareza de propósito requer uma mistura cuidadosamente elaborada de pessoas, comportamento e visão. Definir e estabelecer um propósito na empresa é um processo que demora tempo. Cultivar uma cultura interna de excelência é o que está no coração do propósito de uma empresa, irradiando de dentro para fora um objetivo em comum.
  • Empresas com propósito melhoram sua reputação e conquistam novos clientes: As marcas que cumprem consistentemente sua promessa e colocam em prática suas intenções por meio de negócios e estratégia de marca, constroem e sustentam sua reputação e crescem com o tempo.

Como encontrar o propósito da sua empresa

O autor Simon Sinek afirmou que “As pessoas não compram o que você faz, elas compram o por que você faz”.

Colocar o propósito no centro dos negócios ajuda a orientar as decisões comerciais e garante autenticidade a todas as ações. Isso atrai o interesse das pessoas.

Para encontrar o propósito da empresa e torná-lo ativo no dia a dia do negócio, é importante fazer os seguintes questionamentos:

  • qual o motivo da marca existir? 
  • qual papel ela desempenha na vida dos clientes? 
  • que tipo de soluções ela oferece?
  • como o mundo seria diferente sem ela? 

Com as respostas de cada uma das perguntas, será possível ver um padrão que o levará ao propósito comercial.

Exemplos de propósitos de marca:

Tesla: Acelerar a transição mundial para o transporte sustentável.

Nike: Trazer inspiração e inovação para cada atleta do mundo. Se você tem um corpo, você é um atleta.

Starbucks: inspirar e nutrir o espírito humano – uma pessoa, uma xícara de café e uma comunidade de cada vez.

Google: Organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil.

Coca-Cola: Refrescar o mundo e inspirar momentos de otimismo e felicidade.

Wallmart: Vender por menos para as pessoas viverem melhor.

Dove: Criar um mundo onde beleza seja uma fonte de confiança e não de ansiedade.

Red Bull: Revitalizar corpo e mente.

Pinterest: Ajudar milhões de pessoas a serem mais criativas todos os dias

Havaianas: Levar a alegria de viver do brasileiro;

Graco: Ajudar os pais na criação dos filhos;

Nasa: Levar o homem para o espaço;

Disney: Levar magia para a vida das pessoas.

 

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Boa leitura!